sexta-feira, 27 de junho de 2014

A seita do costume

A SEITA DO COSTUME.
A guerra aberta no partido socialista entre "seguristas e costistas" está para durar e promete um espetáculo divertido e patusco, digno de uma comédia à italiana.
Os argumentos dirimidos, até agora, já não são se prendem com a questão de propostas e perspectivas de como será possível derrotar os partidos do governo, mas antes com questões de credibilidade e de fiabilidade no escrutínio que aí vem, denotando uma desconfiança mútua, não apenas nas condições de acessibilidade à votação do líder, mas também afetando mais profundamente o âmago da alma socialista. ou seja, colocando questões de ética e de idoneidade democrática.
As acusações frequentes e contínuas, quer através dos próprios, quer através dos seus porta-vozes, ou seguidores fiéis,  mostram aquilo a que chegou o partido socialista: um partido quebrado, dividido, destroçado e manietado numa luta intestina que vai acabar mal e por culpa, diga-se com toda a clareza, de um energúmeno que armando-se em messias profético, quis deixar um cargo de responsabilidade à frente da câmara mais emblemática do país, para se aventurar numa odisseia narcisista, eufórica, de rapapé e bajulação, tão ao gosto do seu mentor primordial, o doutor Mário Soares. Como é que ainda ninguém se apercebeu que a constante solicitação do doutor Mário Soares para opinar sobre tudo e mais alguma coisa, atendendo ao grau elevado de senilidade que patenteia, constitui um rude golpe, repleto de malefícios, quer para instituição partidária de que foi líder, quer para o país de que foi primeiro-ministro e presidente da república.
O folhetim continua dentro de momento.
Manuel Feliciano




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