quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Confiança no mundo ou o regresso do ditador.

   Quando, em junho de 2011, escrevi, aqui neste blog,  "Requiem para um ditadorzinho encapotado", embora o admitisse intimamente, estava longe de imaginar que, o mais refinado, melífluo e pernicioso político português dos últimos 50 anos, tivesse a ousadia de regressar à atividade.
    A pretexto de um livro que escreveu sobre a tortura em regimes democráticos - ele lá sabe do que fez, durante estes anos todos em que nos torturou sadicamente - resta saber se o livro foi mesmo de sua autoria ou não será algum plágio de alguma daquelas obras que, o agora "mestre Sócrates", diz que foi consultando em casa pela internet. Já agora, aproveito para dizer que, foi no mínimo bizarro que Sócrates, com aquele arzinho angelical de menino inocente e cândido - foi assim que a Sic Notícias nos vendeu o peixe - se apresente numa sessão de lançamento do seu primeiro livro, rodeado do inevitável adolescente Mário Soares que, ora espuma de raiva contra os delinquentes ministros de Passos Coelho, ora se extasia com a magnanimidade do seu pupilo predileto, autor de cerca de cinquenta parcerias público-privadas e que empurrou o país e o seu povo para o resgate, de que estamos todos a pagar a fatura.
   Não menos embevecido com tão sábio filósofo, Lula da Silva, figura mais que duvidosa do mensalão brasileiro, rejubila com a magnífica sapiência de tão fantástico mestre, desata a pedir, que o autor do livro, regresse já à política portuguesa porque o país está moribundo e é urgente ressuscitar.
   Comovida e agnóstica, a clique socialista, instalada e subserviente - há sempre um favorzinho futuro que espera por si - comparece em massa, já antevendo benesses e mordomias, privilégios e comendas.
 O ar cheira a poder. E o poder a podridão.
Manuel Feliciano.