sábado, 14 de junho de 2014

Despachem-se! Aviem-se!

Despachem-se!
António Costa, no seu afã, incongruente, de conquistar os militantes do partido (como se eles não tivessem um líder, escolhido há pouco tempo), em viagem pelo país (como se a câmara de Lisboa não fosse nada importante e não lhe desse trabalho nenhum - deve estar a pensar que qualquer Medina pode fazer o que ele faz - e se assim fosse não deveria ter concorrido às últimas eleições), tem-se saído, nas suas últimas intervenções como uma espécie de general romano, do género: veni, vidi, vinci (cheguei, vi e venci), convencido de que são favas contadas as decisões que vêm aí.
Pois eu acho que não. Acho que António Costa, não só não vai vencer coisa nenhuma, como ainda vai ter que meter o rabo entre as pernas e desenrascar-se o melhor que puder na "sua" Lisboa.
Aquele discurso inflamado, retórico, quase patético (no sentido correto desta palavra, isto é, comovente, do pathos grego), perante uma plateia onde não se vislumbra um jovem, antes a velha clique habituada às mordomias e privilégios do regime, mas ainda assim sedenta de poder e de glória (leia-se de tachos), aquele discurso inflamado, dizia, mas cheio de ideias vagas, de lugares comuns que não interessam nem ao menino Jesus, consubstanciam uma visão estática da sociedade, uma visão paternalista do Estado sobre os cidadãos, enfim, uma visão providencialista e estatizante de tudo o que é público. António Costa afirma-se, sem sombra de duvida, como a figura do funcionário público que quer receber um bom vencimento, com outros privilégios acumulados ao longo de décadas, sem mexer uma palha, esperando pacientemente que chegue o dia 15 ou 17 de cada mês, onde na conta bancária vai cair inevitavelmente uma soma larga e robusta.
É para isto que os portugueses de hoje devem estar atentos.
Manuel Feliciano

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