quarta-feira, 18 de junho de 2014

A terceira via

A TERCEIRA VIA.
António Costa - cada vez mais fato e gravata, menos t-shirt e calça de ganga - , a pose de homem de estado assenta-lhe que nem uma luva (segredam-lhe ao ouvido os peritos em imagem), continua a surpreender-nos com a sua genialidade política. Agora é o famoso discurso da terceira via. Vejam só esta ideia peregrina: "há uma alternativa de que o governo não quer ouvir falar que é (pasme-se!): aumentar a riqueza (e depois vem a explicação - lapaliciana, digo eu), porque se aumentarmos a riqueza, resolveremos o problema das finanças públicas".
Ora, portugueses, aqui está uma ideia genial que vai salvar Portugal e de que o partido socialista se orgulha. E o mais curioso de tudo é que ninguém alguma vez tinha pensado nisto! Portanto, aqui vou eu, com esta ideia brilhante propor-me a secretário geral do PS, com o Ferro Rodrigues já a apoiar-me também mais o Perestrelo, amigalhaço do Sócrates e todas aquelas mentes brilhantes que meteram o país a produzir riqueza.
O doutor António Costa é de facto um génio, uma mente brilhante, ou como diria o sapientíssimo doutor Soares "uma inteligência superior" (enquanto o doutor Seguro, no dizer do grande gurú é inseguro, logo, um asno). Só que há aqui um pequeno problema: como é que o doutor António Costa vai aumentar a riqueza, vai produzir mais riqueza? A questão está no modus faciendi. Como é que um socialista consegue criar mais riqueza? A receita parece mais que evidente: nacionalizando-a.
Aqui está a descoberta da pólvora. Sua excelência, o doutor Costa, agora e daqui para a frente de fato e gravata, sempre, vai aumentar a dita cuja, não criando postos de trabalho, apostando na inovação, arriscando em projetos inovadores, mas precisamente, como num passe de mágica, chamando-a a si, isto é, fazendo como o seu iluminado camarada de partido, Jorge Coelho que, farto de ser um proletário, ousou dizer: "E eu, também não tenho o direito, o legítimo direito de ser rico?"
Manuel Feliciano

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