segunda-feira, 21 de julho de 2014

GANDA NOIA

GANDA NOIA
Marques Mendes, o raquítico comentador nacional que a Sic Notícias consagrou, continua a evidenciar toda a sua paranóia em relação ao governo actual, aproveitando todos os momentos para fazer valer os seus argumentos em relação à desintegração da coligação governativa, não muito dissonante de Alberto João Jardim que acrescentava, há dias, que o Psd iria ter um resultado catastrófico nas eleições legislstivas que se perfilam aí, no próximo ano. 
Olha quem ele é! Que perfil tão jeitoso de político que deveria, a esta hora, estar com os costados a passar férias na prisão, como já o fez Isaltino, há bem pouco tempo e por muito menos. 
Alberto João, líder do Psd Madeira, há montes de anos, é um dos políticos mais tenebrosos, de que há memória em  Portugal.
A sua popularidade, nos últimos tempos, caiu em queda livre, antevendo-se um futuro pouco brilhante para alguém que, detendo o poder durante décadas, não foi capaz de pôr  em prática uma política verdadeiramente dirigida às pessoas, com equidade e sentido de justiça, partilhando o poder, delegando, criando condições para deixar um rasto de humanidade nos serviços que, pelo contrário, sempre controlou as ferro e fogo. Em vez disso, meteu-se em coisas que não devia e, fazendo alarde da sua costela de ditador, desatou a fazer obras e mais obras, de duvidosa necessidade, enchendo a ilha de túneis e mais túneis, descaracterizando a paisagem, numa clara visão chico-espertista de líder, autista e convencido, que olha só para o seu umbigo, ao mesmo tempo que arrota uns bitaites sobre a República que o sustenta e alimenta, queixando-se das interioridades que mais não são do que falácias vazias e atoardas boçais.
Mas regressemos a Marques Mendes. Tenho dificuldade em ver nele, agora catapultado para os píncaros do comentário político, alguém que, com credibilidade, diga alguma coisa de válido e estruturante para a sociedade, que no fundo é o que um comentador de jeito deve fazer. Não se limitar a criticar por criticar, mas apontar balizas, apresentar perspectivas novas que sejam o suporte de algo que se deve implementar e pôr em prática. Ao invés, Marques Mendes, o Ganda Noia,  na gíria humorística, aparece como alguém que, beneficiando de uma posição privilegiada em relação ao comum dos comentadores, por possuir uma "rede de espionagem, dentro e fora do conselho de ministros" - acho mesmo até que há um acordo tácito entre ambos (alguém ligado ao Governo e ele próprio, no sentido das "fugas" servirem para "atirar o barro à parede", isto é, para ver como é que as pessoas reagem perante as medidas que estarão para ser aplicadas) - o que lhe dá aquele ar de bufo, incontornável desta sociedade miserável em que vivemos. A Patrícia Castanheira e o Fábio Benídeo, do Portugalex é que te topam bem!
O que mais me chateia em tudo isto é que sejam precisamente estes comentadores de meia tigela, onde também, de certa maneira, está incluído Marcelo Rebelo de Sousa, Pacheco Pereira, o verrinoso e incansável agitador de fantasmas, e outros que, armando-se em omniscientes detentores da verdade absoluta que só eles possuem - ai que saudades dos tempos estalinistas onde bebera esta filosofia! -  comandam, inapelavelmente, a nossa agenda política. Por que é somos obrigados a aturar esta gente, fabricadora de cenários, que vive no mundo do faz de conta e que cria este mundo do faz de conta? Como diria António Vieira: "Ó tempo, tão precioso e tão perdido!"
Manuel Feliciano

Sem comentários:

Enviar um comentário