terça-feira, 29 de julho de 2014

Comentadores

Comentadores
Marques Mendes, promovido recentemente a grande comentador da SIC, não pára de nos surpreender. Ele e o doutor Mário Soares, continuam iguais a si próprios, duas nulidades exemplares para o anedotário do folclore a que as estações de televisão nos habituaram, de há algum tempo a esta parte.
Marques Mendes, mais conhecido na gíria anedotária por "Ganda Nóia", - há quem o apelide de "o bufo" do Governo da Coligação - figura rasteira e, nalguns casos, mesquinha, a atestar um QI de duvidosa idoneidade, disse há dias, em tempo nobre de antena, que "António Costa irá ganhar as eleições no PS".
Que novidade extraordinária! Que subtileza de argumentação! Que rasgo luminoso de espírito tão brilhante!
Enquanto as televisões continuarem a aureolar este e outros comentadores do regime, Portugal não vai aguentar por mais tempo tanta sabedoria e terá forçosamente que os exportar, pois tamanha inteligência é urgente que se espalhe pelo mundo, que ilumine as trevas da ignorância de tantos povos, enfim, que resplandeça por todo o orbe esta sabedoria fantástica e inaudita! Se começarmos a exportar estes comentadores fantásticos que transpiram sabedoria por todos os poros, como por exemplo aquele quarteto impagável do programa da Sic notícias,"Eixo do mal", qual deles o mais inteligente e sagaz, temos resolvido o nosso problema estrutural da dívida pública. Aqui fica portanto esta sugestão para os entendidos do Banco de Portugal ou do Ministério das finanças: dado que possuímos o maior manancial de comentadores excepcionais por metro quadrado de toda a europa, quiçá de todo o mundo, a solução parece definitivamente encontrada - vendam-se estas "jóias da coroa portuguesa" e tudo deslizará sobre carris.
Estou a lembrar-me, não apenas destas quatro luminárias do nosso regime - o António Gonçalves, do DN, é que vos topa bem! - mas de tantos outros como o André Macedo, do Dinheiro Vivo, o tal que na última campanha para as legislativas dizia sempre, alto e bom som, que o vencedor de todos os debates televisivos era - quem havia de ser? - o seu querido e indefectível José Sócrates. Se a estes juntarmos o famosíssimo Baldaia - lembram-se do tempo em que o ex-primeiro ministro socialista queria apoderar-se da TVI e já se falava de Baldaia para ser o seu homem forte aí - e tantos outros desejosos do regresso do pequeno ditador, exilado em Paris, onde dá um bitaites para uma farmacêutica suiça, então podemos dizer que há uma constelação fantástica de comentadores, pagos a peso de ouro, como Marcelo, - cuja ligação de amizade a Salgado parece comprometer definitivamente a sua candidatura à presidência da república (também não entendo o que poderia Marcelo fazer aí, se todo o seu carisma vai para a má língua, no bom sentido, claro), como Manuela, como Marques Mendes, Pacheco Pereira e tantos outros que, no fundo, mantêm o país refém da sua agenda mediática e dos seus desígnios insondáveis (vá-se lá saber quais!?).
Manuel Feliciano



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