quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Quando a cabeça não tem juízo...

O povo, na sua sabedoria milenar, costuma dizer que "quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga". Esta máxima também pode ter a seguinte leitura:"quando os políticos e responsáveis de um país, qualquer que ele seja, não têm juízo, isto é, não são responsáveis, ou, por outras palavras, não são honestos, ou seja, não têm ética ou moral ou seja lá o que for equivalente, o povo, leia-se, a base da pirâmide - em contraposição com o topo desta - é que paga, isto é, o povo é que se lixa, é que está tramado, é que está fornicado.
Vem isto a propósito dos últimos dados fornecidos à comunicação social sobre as dívidas do Estado, nomeadamente as respeitantes à Saúde, às dívidas dos hospitais, às dívidas das empresas públicas e às dívidas da administração local. Por partes.
O grosso da talhada diz respeito às dívidas das empresas públicas: à Banca, estas devem 31.925,5 milhões de euros,  e a fornecedores devem 679,5 milhões da mesma moeda.
As dívidas do Ministério da Saúde totalizam 3 mil trezentos e tal milhões de euros, sendo que 2.890,4 milhões são devidas a fornecedores e 473,7 milhões à Banca.
A dívida dos Hospitais à indústria farmacêutica totaliza 1.231,9 milhões de euros.
Por sua vez, a dívida da administração local é de 5.299 milhões de euros a fornecedores e 4.037 milhões à Banca.
Como foi possível chegar a uma situação destas?
Como foi possível que governantes e gestores da Saúde e dos Hospitais pudessem cometer tais barbaridades, sem nunca serem "chamados à pedra?"
A resposta parece estar num comentário que li, a propósito, do último livro do grande iluminado da democracia portuguesa, chamado Mário Soares. Apesar de não acertar uma nos últimos tempos - desde que foi corrido do Parlamento Europeu, onde pensava que tinha lugar garantido como presidente daquela câmara - , persiste em reafirmar a sua posição de político a tempo inteiro (sinceramente não sei o que isso é), apresentando-se ou fazendo outros apresentarem-no como o grande pai da democracia vigente. É caso para dizer que "malfadado pai, que tais filhos gera".
E o mesmo se diga do antigo primeiro ministro e atual presidente da República. Como é possível que um homem com tamanhas responsabilidades se tivesse deixado enganar por pessoas da sua confiança, como Dias Loureiro, Duarte Lima, Oliveira e Costa, para não falar de outros tão próximos mas igualmente execráveis!?
A história fará o seu julgamento mas isso não nos impede de, desde já, dizermos o que pensamos.
O mesmo se diga de Sócrates e de toda a tralha socialista que tem sugado este país e o tem arrastado para a valeta e para a lixeira da miséria e da humilhação. As "cigarras" do costume, mestras na verborreia falaciosa, abriram bem funda a campa, onde nos enterramos todos os dias.
Até quando suportaremos esta cambada?
Manuel Feliciano

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