segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Rádio e Televisão de Portugal

Há dias,estando a ouvir a Antena 1 em viagem, deparei-me com esta coisa engraçada (que não tem graça nenhuma, é claro!): dois amigos locutores, ou animadores, ou jornalistas do programa Hotel Babilónia - passa aos sábados das 10 ao meio dia - dois bem "avençados" do sistema, desancavam no Relatório do João Duque sobre a RTP, de alto a baixo, acusando-o de incompetência e de não conhecer minimamente o que quer que seja sobre comunicação social.
Do que que tenho lido sobre o tal Relatório sobressai o seguinte: o Estado injectou na RTP, desde 2003 até 2011 (no espaço de 8 anos) 2.583 milhões de euros. Na última década, a RTP custou aos portugueses mais de 3.200 milhões de euros. Para o orçamento de 2012 vão ser gastos 661,82 milhões de euros. Para se ter uma ideia da grandeza desta barbaridade é preciso dizer que, só para pagar o valor anunciado antes (de 3.200 milhões), seria necessário que todos os funcionários públicos ficassem sem subsídio de Natal e de férias em 2012 e 2013. Se cada português tivesse a noção exata da escandalosa enormidade destes números, acabar-se-iam de imediato as discussões sobre o serviço público de televisão. A RTP é um sugador de dinheiro e de recursos que não podemos dar-nos ao luxo de continuar a alimentar, mas pelos vistos, o "irmão" maçon e ministro Relvas parece que não tem esta opinião.
Falemos, então, de beneficiados desta empresa:
- A jornalista e apresentadora de programas Catarina Furtado, só à sua conta, ganha 360 mil euros anuais e depois tem o desplante de mostrar o seu lado ridículo, se não fosse patético, fazendo reportagens com meninos negrinhos, encaixotados em creches onde ressalta à vista a deprimente e extrema miséria humana.
- José Rodrigues dos Santos, Fátima Campos Ferreira, Judite de Sousa, José Fragoso e José Alberto de Carvalho (os três últimos transitaram há uns meses para a TVI, na ânsia de tomar a informação, a pedido de Sócrates que tentara comprar a TVI através da Ongoing do maçónico Vasconcellos) auferiam vencimentos na ordem dos 12 mil euros mensais.
- O Bastonário da Ordem dos Advogados, o bronco e mal encarado Marinho e Pinto, sempre que vai à RTP, cobra um cachet  de 2400 euros mensais, na função de comentador, bem como Joana Amaral Dias - estes tipos e tipas da esquerda revolucionária são tão desinteressados, coitados! - Carvalho da Silva, esse mesmo, o grande iluminado e educador da classe operária, e toda essa chusma de sugadores da teta da Rádio e Televisão de Portugal, que nos cobra na conta da EDP, uma importância fixa e progressiva, há medida que o tempo avança, inexoravelmente para o abismo.
Depois há toda uma situação de compadrio e de nepotismo, típica de gente sem escrúpulos que não hesita em dar uma mãozinha a um afilhado ou mesmo até a um filho. Vou dar só um exemplo para não dizerem que estou a inventar: como ouço, praticamente, só a rádio pública, a Antena 1, acontece que  consigo topar coisas verdadeiramente inacreditáveis. O grande iluminado e expert José Duarte, aquele do "1,2,3,4,5 minutos de jazz" não tem o desplante de privilegiar, no seu programa semanal de uma hora, a sua querida e amada filha Adriana, com 3 (e às vezes mais) faixas dos seus álbuns? A rapariga até nem canta mal, mas usar um canal público de rádio para favorecer a família tem alguma coisa de surreal. Por outras palavras, ele não tem é vergonha na cara!
E o mesmo se diga de outros programas com, por exemplo António Macedo, na condução, ou os Carvalhedas ao volante, em que são sempre os mesmos (cantores) que se ouvem: ora vem Fausto, ora Camané, ora vem Sérgio Godinho, ora Mariza e passam dias nisto a ajudar os amigos e amigas e os outros (cantores, já se vê) a ver navios.
Voltaremos ao assunto.
Manuel Feliciano

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