E agora?
O que vai ser de nós e dos nossos filhos, com esta crise que se instala, que nos manieta e nos cilindra?
Como poderemos fazer frente a esta situação, aberrante e caótica que enfrentamos, mergulhados no lodaçal deste pântano minado, onde só sobrevivem os abutres do atual sistema político-partidário?
Alguns dirão: um golpe de estado, já!!! Outros: os responsáveis políticos (todos os políticos) julgados, já! Outros ainda: os legisladores coniventes com a manutenção de privilégios, regalias, isenções, benesses, alcavalas e todas as mordomias que a classe política e judicial tem, julgados já!
Ainda que tais posições pareçam justas e adequadas por tanto mal que fizeram ao povo português, há, porém, uma perspetiva diferente e talvez única que mereça a pena gastar algum tempo com ela: a via do silêncio, da ação pacífica e da reconciliação.
Nada ficará como antes. Terá que pôr-se fim a todos os privilégios e regalias da classe política e judicial, magistrados, militares, gestores públicos, autarcas e todos os que açambarcam e acumulam. O governo, qualquer que seja, terá que pôr fim a isto tudo! Mas não ganharemos nada com ódios e violência, com julgamentos sumários e golpes de estado. A nossa via para triunfar terá de ser, como disse atrás, a via do silêncio, da ação pacífica - que pode incluir o jejum e a greve de fome, como o fez Ghandi - rejeitando qualquer tipo de violência física. Só assim, teremos legitimidade para vencer.
Manuel Feliciano
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