terça-feira, 8 de novembro de 2011

O novo manifesto light

Saiu há dias o novo manifesto light:"Pela defesa da democracia, contra a iniquidade do orçamento de estado de 2012", da autoria do politólogo André Freire e de Paulo Trigo Pereira, aquele conhecido pela sua proximidade a Sócrates e este como gestor e economista do ISEG - Instituto Superior de Economia e Gestão, da universidade de Lisboa, aos quais se juntaram algumas eminências pardas do nosso regime, como Helena Roseta (vá-se lá saber o que quer e o que deseja), António Arnault (o "pai" do serviço nacional de saúde, advogado, ex-ministro, maçónico - aposto que também beneficiado com alguma subvençãozinha vitalícia), Jorge Miranda (o"pai" da Constituição Portuguesa que, recorde-se, ainda há uns meses atrás defendia a necessidade do povo português votar em branco nas últimas eleições  legislativas, possibilitando assim a manutenção do statu quo, tão do agrado das luminárias que sofregamente se prontificaram a subscrever este manifesto; professor catedrático jubilado da faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e também acumulando na Universidade Católica), Adelino Maltez (professor catedrático do Instituto de Ciências Sociais do Porto, macónico e comentador bem "avençado"), Frei Bento Domingues (dominicano, professor universitário da ULHT), Alfredo Barroso (comentador político e, agora também, desportivo - lá vêm mais umas avençazitas pagas pela RDP, na Antena 1, no programa "Os grandes adeptos"; ex-chefe da casa civil durante os mandatos do Presidente Mário Soares) e tantas outras luminárias do regime (é curioso verificar que os subscritores são quase todos das seguintes profissões: médicos - eles ganham pão pouco, coitados! - professores universitários - eles têm ordenados tão baixos, os pobrezinhos! - geógrafos, arquitetos - eles sobrevivem com enormes dificuldades de tão miseráveis que são! - advogados - eles são tão honestos e indefesos, Deus os acuda! - economistas, constitucionalistas - eles foram tão zelosos a fazer a Constituição que logo a seguir a encheram de excepções, privilégios (em proveito próprio, claro!), esquecendo-se de tudo o tinham construído do ponto de vista teorético, mas afirmando o prático, isto é os seus interesse e objectivos - e, pasme-se, caros amigos, até há um bom número de subscritores, imagine-se, filósofos! É de bradar aos céus tamanho desinteresse e singeleza de espírito!
Concluindo, os subscritores deste manifesto light, porque possuído de um verdadeiro espírito iluminado que faz lembrar, de certa forma, alguns princípios da mundivisão maçónica, a pretexto de defenderem os pobres, outro objetivo não têm que salvaguardar os seus ordenadozinhos - tão baixos que eles são! -  que recebem nas instituições do Estado.
O mais ridículo de tudo isto é que suas excelências se lembraram de entregar o dito Manifesto, precisamente à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, a tal que aos 42 anos se reformou com uma pensão vitalícia de 2450 euros, por ter exercido a função de juíza do Tribunal Constitucional, durante dois mandatos, e que daí transitou para o Parlamento Europeu onde continuou a sua carreira política, acumulando sempre os dois subsidiozinhos, e culminando a sua ascensão meteórica na cátedra da Assembleia da República, onde recentemente foi entronizada. Grande exemplo, não haja dúvida!
Manuel Feliciano

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