domingo, 21 de abril de 2013

O excelentíssimo comentador

   Agora, por dá cá aquela palha, toda a gente opina, toda a gente dá  palpite sobre o governo, sobre as medidas a serem implementadas, sobre remodelações, sobre tudo e mais alguma coisa.
   O mais caricato de tudo isto é que, por imperativo de sobrevivência das  televisões, convidam-se ex-ministros, ex-liders partidários, falhados do regime, para comentar a atuação governativa, denegrindo, minando subrepticiamente e às claras, enfim, alimentando num corropio falacioso argumentativo  a plateia socialista -  desde a mais à direita oportunista e privilegiada à mais à esquerda, fraturante e parasitária - que reclama destituição do governo já, eleições já, governo p´ra rua já!
   Entre as eminências excelentíssimas que causticam semanalmente  Passos Coelho está o sagacíssimo doutor Marques Mendes, mais conhecido por Ganda Nóia, o Bufo, o mais asqueroso, rasteiro e fedorento comentador de que há memória. Sua excelência tem o desplante e a lata de, aproveitando-se de informações que lhe chegam à mão - vá lá saber-se como - não só dizer mal do governo mas também, numa atitude inqualificável de requinte pidesco, apresentar as medidas que o governo tem intenção de realizar. Isto a propósito da sua mais recente intervenção na TVI de ontem, a que eu não assisti, mas de que hoje tive conhecimento num outro canal, a SIC. A propósito, porque não desligar o botão, quando esta sumidade ridícula, armado em gurú iluminado, rasteja pelo pântano da maledicência e da intriga?
   Outro dado novo que me preocupa é a onda de miserabilismo informativo, execrando e contumaz, que campeia em alguns órgãos de comunicação social que, todos à uma, têm o mesmo objetivo: derrubar o governo, criar um clima de "revolução abrilista", de duvidosa idoneidade, tipificada nas "grandoladas" de há uns tempos atrás. Como muitos dos democratas de Abril e de sempre, cantei e cantarei "Grândola Vila Morena" do saudoso Zeca Afonso. O seu legado e herança, democrática e musical, é de todos, é do povo português e não de apenas alguns apaniguados que pensam que têm o exclusivo da democracia, muitos deles cúmplices dos milhares de assassinados nos "Gulags" do sovietismo kapagebiano, tão nazi como os sequazes de Pinochet ou de Kin Iong Un.
Manuel Feliciano

Sem comentários:

Enviar um comentário