sexta-feira, 22 de março de 2013

O regresso de Sócrates

   Consta que Sócrates foi convidado para comentador da RTP. Os deuses devem estar loucos! Como é possível que um político como Sócrates, o mais mafioso de todos os primeiros-ministros de que há memória em Portugal, possa ser convidado para comentador político, ainda por cima numa televisão paga com o dinheiro dos contribuintes? Se esse sujeito vier a sê-lo, então eu quero deixar de pagar a taxa para o audio-visual que me obrigam a pagar na fatura da luz. Se esse sujeito vier a sê-lo, eu quero estar à porta da RTP para lhe chamar nomes. Se esse sujeito, abjecto e miserável vier a sê-lo, então eu quero entrar por aquela televisão adentro e partir a loiça toda. Se esse sujeito vier a sê-lo, então eu quero, eu quero, eu quero...
   Com que lata a RTP, a equipa responsável pela informação da RTP, vai convidar um ex-primeiro ministro para comentador político, sabendo que esse sujeito, abjecto e nefasto, foi o mais repugnante e famigerado coveiro de Portugal, pelas suas decisões erradas, pelo abuso do poder, pelas jogadas subreptícias que construiu com os seus amigos mais chegados e que constituíam o núcleo duro do anterior Governo do PS?
   Tendo fugido para Paris, onde tem vivido "à grande e à francesa", após a derrota nas últimas legislativas, esse sujeito abjecto e mafioso, não deixou de mexer os seus cordelinhos, manobrando como marionetes os seus mentecaptos sequazes que continuam a nutrir pelo "chefe" uma subserviência canina. É assim que muitos - ele continua a ter muitos adeptos que o bajularam religiosamente a troco de favores e tachos - rejubilaram com o seu hipotético regresso que eu duvido que algum dia se chegue a verificar, deveras.
Faço votos para que nunca regresse. Aliás, é imperioso e urgente que lhe digamos, sem sombra para dúvidas, que ele, esse sujeito abjecto e mentiroso, é, vai ser e será sempre uma "persona non grata" em Portugal, país que ele ajudou a enterrar, país que ele roubou, de que se apropriou e onde, pasme-se, agora pretende regressar. Digo pretende, mas não creio que algum dia isso volte a acontecer, pelo menos nos próximos meses ou anos. É que temos de ter a coragem, a ousadia de o enfrentar, não permitindo o seu regresso, ou então, sim, permitindo mas para comparecer no tribunal e ser julgado, com verdade e sem protecionismos de todos os Pintos Monteiros deste país que o levaram ao colo e o protegeram vergonhosamente. Seria bom que todos os portugueses, que têm ainda alguma dignidade e honestidade, se mobilizassem e unissem no sentido de não admitirem sequer a sua presença em solo pátrio e ainda muito menos a sua participação num programa de televisão pública paga com o suor dos portugueses com que ele brincou durante os anos em que foi primeiro-ministro e secretário de estado. Levantemo-nos em protesto e façamos ver a esse grande impostor que o seu lugar não é aqui, que o seu lugar não pode ser aqui, apesar dos gritinhos histéricos de boas vindas dos seus apaniguados, entre os quais muitos políticos, jornalistas e graxistas em geral.
   Também não é de estranhar que, precisamente na mesma semana em que se sabe que Sócrates poderá regressar (o primeiro argumento da RTP seria para levantar as audiências, já se si tão baixas na televisão pública), outro ilustre político, não menos mafioso e intragável, o tal que disse que "também tinha o direito de vir a ser rico",  incontornável eminência parda do partido socialista - o s de socialista é minúsculo precisamente porque minúscula é essa figura - Jorge Coelho, a pregar num comício de apresentação de um candidato a uma câmara, lá para o interior. E o que disse o incontornável Jorge? Exactamente isso em que estão a pensar: nada! Aquele estilo bronco e vazio que sempre o caracterizou permanece inalterável na sua imagem de marca. O mais curioso de tudo é que disse que estava a gostar de estar ali, o que não é de espantar numa assembleia de inábeis mentecaptos onde até o inevitável Carrilho profetizou: "bela rentrée, Jorge! Bela rentrée!"
Joaquim Moita

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