quinta-feira, 2 de junho de 2011

Seis anos de Sócrates

A poucos dias das eleições - decisivas para o futuro de Portugal e dos Portugueses - convém esclarecer alguns pontos que, porventura, tenham ficado esquecidos nesta campanha.
1- Situação de desastre nacional.
    Portugal atingiu nestes últimos 6 anos de governação socialista de liderança socrática os seguintes recordes absolutos:
Desemprego - 700 000 desempregados (taxa de 12,4%)
Despesismo público - O défice orçamental nunca foi tão elevado - 10% do PIB. Quando se fala de 10% do PIB, isto quer dizer que as despesas do Estado são superiores às receitas estatais em cerca de 17 mil milhões de euros. São cerca de 4 TGVs Lisboa-Porto num ano. Este défice, segundo a análise do Dr. Álvaro Santos Pereira, professor universitário de Economia numa universidade do Canadá, défice recorde deu origem a um crescimento explosivo da dívida pública, que aumentou 74,7 mil milhões de euros entre o início de 2005 e o final de 2010 (37,3 mil milhões de euros entre 2005 e 2008, e 37,4 mil milhões de euros em 2009 e 2010).
Parcerias público-privadas (PPPs) - Estas permitem que as despesas sejam feitas e as obras inauguradas sem que os governos tenham de se preocupar se têm fundos ou não, visto que quem faz o investimento são os privados, os quais 5 ou 10 anos mais tarde começam a receber rendas do Estado que se prolongam por umas décadas. Neste sentido,  as PPPs que foram adjudicadas nos últimos anos, foram altamente danosas para o erário público, mas muito lucrativas e sem risco para os parceiros privados.
A distribuição das PPPs  por Governos foi a seguinte:
- 2 nos governos de Cavaco Silva
- 30 nos governos de António Guterres
- 6 nos governos de Durão Barroso e de Santana Lopes
- Mais de 50 nos governos de José Sócrates (consultar blog: desmitos.blogspot.com)


- Dívida Pública - 94% do PIB em 2010.  Em 2004 era de 56%.
- Dívida Externa bruta - 220% do PIB.
- Dívida Externa líquida - 110% do PIB.
- Emigrantes - Em 2007 e 2008, mais de 100 mil novos emigrantes portugueses.
- PIB em relação à Europa - Estamos como estávamos em 1990, a 60% da Europa.

2- Os candidatos a deputados do Partido Socialista
             Algumas "preciosidades":

- O "cabeça de lista" do PS nos Açores é Ricardo Rodrigues, deputado que roubou dois gravadores a jornalistas da revista Sábado, quando estes o questionaram sobre um caso de pedofilia em que foi mencionado e um caso de fraude em que foi arguido.
- O "cabeça de lista" do PS na Guarda é Paulo campos, filho do antigo ministro António Campos, secretário de Estado deste Governo que encomendou os "chips" das Scut à empresa gerida por um seu ex-assessor, que permitiu a dois assessores acumularem ilegalmente funções na administração da Fundação para as Comunições Móveis e que nomeou para a administração dos CTT um amigalhaço, acusado de falsificar a sua licenciatura (pelos vistos, os súbditos seguem os mestres, tratando-se de uma trivialidade).
- O "cabeça de lista" do PS em Évora é Carlos Zorrinho, o ex-coordenador do Plano Tecnológico, ouvido em Comissão de Inquérito pelos concursos de atribuição do famoso computador "Magalhães", o génio que o vento levou para as ventoinhas "renováveis", e o profeta que, em Janeiro último, garantia um futuro espectacular para as nossas trocas comerciais com os países árabes (vê-se o que está a acontecer no Magrebe e nas "democracias" arabizadas).
- O "cabeça de lista" do PS em Leiria é Basílio Horta, histórico do velho CDS e não menos oportunista, "homem às direitas" das presidenciais de 1991 e agora dilecto funcionário do actual Governo, e "lambe-botas" de Sócrates (veja-se o discurso inflamado esta semana em Leiria, onde, rouco e desesperado - já sabe que vai perder o emprego - , ressuscitava os dossiers BPN e BPP, mas fazendo tábua-rasa de 6 anos de mediocridade e de desastre total) e, dizia, presidente da "influentíssima" Agência para o Investimento e Comércio Externo.
- A coqueluche do PS por Lisboa é Isabel Moreira, a filha do ministro do Ultramar de Salazar, educada na Opus Dei e agora militante das causas fracturantes pelo PS - é quase um lugar comum dizer-se que tudo o que é fracturante vai desembocar no PS, como tudo o que é lixo vai parar ao esgoto desta actual agremiação, cuja liderança, maquiavélica e mefistófélica, tenderá a extinguir-se - tendo já feito o seu estágio na Fundação Aga Kahn e passado pelos corredores do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Bela escolha, sem dúvida! 

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