sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O grande desafio

O GRANDE DESAFIO.
Li, ontem, que Shimon Peres, de visita ao Papa Francisco em Roma lhe terá feito o pedido que aceitasse ser o Presidente ou líder de uma espécie de Nações Unidas das Religiões.
A grande popularidade que o Papa Francisco, de facto, tem, aliada à mensagem de simplicidade evangélica, profundamente humana que transmite, fazem dele uma pessoa singular, respeitada e querida.
Isto é bom para todos aqueles que acreditam num mundo melhor.
Independentemente da religião que cada um professa ou mesmo da não religião que cada um postula, parece haver aqui, à volta deste homem bom, desta presença sadia, um desejo das pessoas se encontrarem consigo próprias, com os outros e, eventualmente, com O Indizível.
Face à barbárie e às atrocidades que se vão cometendo nestes últimos tempos (que não são assim tão diferentes daquelas que cometemos há séculos atrás, durante a reconquista e as cruzadas), por tantos cheios de ódio e de fanatismo, é bom ouvir o desafio lançado por Shimon Peres para que alguém com a credibilidade do Papa Francisco possa, em união com os líderes das religiões que aceitam o monoteísmo, levar os homens e mulheres do nosso tempo a encontrarem soluções pacíficas e de não violência para os conflitos existentes, hoje.
Que vai propor Francisco? Certamente uma coisa de que não gostamos muito de ouvir: conversão! Conversão sincera, mudança de vida, arrependimento, reparação, são palavras que caíram em desuso, deixaram de fazer parte do nosso vocabulário, do vocabulário do politicamente correto. São palavras que cheiram a mofo, antiquadamente foleiras, para beatas solteironas e frustradas.
E no entanto são palavras essenciais, se quisermos, homens e mulheres, jovens e crianças, se todos quisermos mudar alguma coisa neste mundo decadente, mas mesmo assim, ainda, planeta habitado por gente que pensa e que quer ser melhor.
Leonardo Santos

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