segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Banco bom v. Banco mau

BANCO BOM VERSUS BANCO MAU
O espetáculo continua. Agora temos o banco bom e o banco mau, o amado e o odiado, o puro e o impuro, o bonzão e o perverso, como se, a partir de agora tudo estivesse resolvido, como se a partir de agora começasse uma nova vida, como se nós, povo português, a partir de agora confiássemos no sistema bancário, nos seus gestores, nos seus administradores. As últimas "experiências" comprovam que, salvo raras excepções, os chamados banqueiros ou administradores bancários são pessoas venais, obtusas, sinistras e que passeiam toda a sua intocabilidade pelos corredores do poder, sem que nada lhes aconteça, porque em Portugal a Justiça que temos, desde a mais pequena à mais sonante, é uma Justiça de treta, de conveniência, de rapapé e de beija-mão perfeitamente intolerável e inadmissível no mundo comtemprâneio. Só de me lembrar de Noronha de Nascimento ou de Pinto Monteiro é suficiente para fazer saltar de cá de dentro um vómito de desprezo pela obstrução que fizeram, deliberadamente, à Justiça portuguesa, 
não permitindo que ela avançasse como deveria. Pelo contrário, meteram-na na gaveta, e o que é pior, ordenaram o seu arquivamento e até a destruição de provas (estamos a referir-nos concretamente ao caso das escutas que os dois magistrados referidos anteriormente tentaram abafar, não permitindo a sua audição como prova em tribunal.
Estou com curiosidade em saber o que vai acontecer a Ricardo Salgado, ao seu braço-direito no Bes, a todos aqueles que prevaricaram, que cometeram crimes contra o Estado, as pessoas, as instituições, enfim contra pessoas inocentes que confiaram nos banqueiros, nos políticos, em figuras, aparentemente, acima de qualquer suspeita.
Quero ver o que é que vai acontecer a figuras políticas como Sócrates, grande amigo de Ricardo Salgado, a Marcelo Rebelo de Sousa, outro grande amigo pessoal do pseudo banqueiro, e aqui pseudo não é uma mistificação, é mesmo falso, falsário, chico-esperto, ladrão ou outro adjectivo semelhante.
Quero ver o que é que vai acontecer a Dias Loureiro, a Duarte Lima e a toda essa corja de abutres indomáveis que se abotoaram, subrepticiamente, com dinheiro que não era deles, que lhes não pertencia.
Quero ver o que é que vai acontecer a figuras (todas elas sinistras) como Proença de Carvalho, Júdice, Vitorino e Gonçalves pereira, sócios-donos dos três-quatro grandes escritórios de advogados deste país que defendem - certamente pagos a peso de ouro - os maiores criminosos de colarinho branco de que em Portugal há memória. Estes senhores, também não deveriam ser postos no seu lugar?
Manuel Feliciano










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